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Da vida tortuosa esquisita desponta uma fita   De espiralada trajetória Justa à medida surge o vértice da fita À distância agitada e vibrante desejosa por ser escolhida  ali está a fita Enrolando acintosa atenção ao movimento tralha desmedida Alcançando a ilusão largar o seu dia Puxe a ponta e fica.
  The morning will be so real, so perfect, like a dream, the taste of a dream to be remembered by a dreamer woken in another dream. Will she really be there, and will it still be her? What kind of customs and performances will she follow? There will be as many versions of the memory as there are people to remember it. Why will she turn away, and why will she then look us straight in the eye? Ivy will climb up the columns, and atlases will be filled with numbered figures. Nascent shadows will spill across the terraces, and one’s eyes will grow accustomed to the symmetry. Where will the images spring up from? From which layer of consciousness will they emerge? Will anybody remember the riddle of the maze, and will anybody be able to finish the unfinished sentences? Perhaps it will be a Sunday in an odd year in an even century, and it will happen to be the day of the equinox. She will begin her sentences with ‘I’. We will list the names of co...

Desilusão

Impressão de alento a falta no vento descoberta do nada frente ao todo que se rebela Trás do forte a prudência Leva da inocência a mente Pára com o tempo e refaz Fende dentro o que era Vai para a lembrança o registro e lá do alto realiza é brisa.

Percepção

E em silêncio alto Venho escorrendo pelas frestas Mapeando a terra Venho anunciando a apatia Acontece soando surdo Venho esmurrando a porta Apertando e esfolando o que importa Esmigalhando o que vai embora. Denise Machado

Festa

E aí com o bofe escancarado o olhar dilacerado a língua frouxa Rompemos os lares despimos pilares a face louca Brincamos estranhos e ridículos observamos a selva rouca Do lote o reconhecimento o brinquedo atento esse carinho solto.

Na Medida

Roupagem nova para antigos demônios E eles se riem pomposos, garbosos Forçam-me a deitar sob seu descrédito Adorar-lhes humildemente sua força Mas se não fui eu que reiscindi a costura Daqueles velhos trapos que desapareciam Renovei suas emendas, suas pregas e mangas Cerzi cada folga delicadamente, à medida Promovendo recentes modelos com caimento Dessa viçosa rama de fios a enredar-me Encontro-me atual num nó de tecidos Amarrei o avanço num retrocesso juvenil E eles se riem soberbos, esnobes E vislumbro ali um brilho metálico E eles se riem pedantes, magníficos E é tão gritante retalhar o moderno figurino

Contradição

Sofro por não haver saída Por acreditar na mentira Me levar à medida Rezo por não pertencer ao todo Por desdizer ao lodo Mancomunar a rodo Rio dos próprios desmerecimentos Choro pelos acontecimentos Fujo do entendimento Lá em minha ilha não tem palmeiras Em meu recanto imaginário, são videiras Que pesadas caem de tristeza Vai-te embora solidão Retira-se do recanto a precisão Arranca de vez a prospecção

out of the blue

e do azul me surge esse intenso amarelo do oceano o peixe mais exótico e das areias quentes a refrescante da nascente surpresas são quase esperadas criações tem sempre sua fonte amabilidades seu interesse contraditório seu discurso seus olhos meu espelho minha alma em sua voz arremedo de um começo brincadeira do avesso Me virando no travesseiro Vêm agora que estou forte Atenta pelo esporte valorando seu reporte Vamos viver na corda bamba estaremos sempre pelas tampas no desequilíbrio da balança Sua mão cabe no meu rastro Minha sombra no seu lastro Tudo cabe em nosso abraço
Abro as veias: irreprimível, Irrecuperável, a vida vaza. Ponham embaixo vasos e vasilhas! Todas as vasilhas serão rasas, Parcos os vasos. Pelas bordas - à margem - Para os veios negros da terra vazia, Nutriz da vida, irrecuperável, Irreprimível, vaza a poesia. Marina Tsvetaeva