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Mostrando postagens de setembro, 2012
mudando tudo dentro do nada a única coisa que não muda é essa vontade a curiosidade de não ser o que sempre vi como um facão cortando fundo a pele sua boca na minha ainda tem o mesmo gosto não misturei nada nem me atrevi gostaria de voar por outros ares campos e areias diferentes dos seus mas só consigo sentir a sua maresia fazer o que obstinadamente persigo nessa imagem sensação e intensidade imensurável   inexplicável vai acontecer alguma coisa o mar trará outras conchas mas sua cor ainda estará na minha retina
sóbria cortando cebolas alerta atendendo campainhas sensível torcendo toalhas ativa revirando gavetas experimentando horas a rotina revisitando a garagem lugar comum

Meditação

Ver simplesmente a confundia, não a ajudava. Nunca. Enxergar, por outro lado, a amargurava ainda mais. Passou esses anos todos sem um mínimo vislumbre da verdade que lhe propunha a vida. Inventava a sua. Combinação de livre associação, suposições e muita criatividade, misturadas a uma ponta de desmerecimento e inadequação. Com os braços estendidos e as mãos trêmulas, tateava o intangível. Vez em quando pedia auxílio de um ou outro para guiá-la, sem sucesso. Não confiava em ninguém! Se perdia tantas, incontáveis vezes, mas sempre parecia parar no mesmo lugar. Recostava para retomar o fôlego, ou apenas por uma preguiça indomável. E lá ia ela de novo, em mais uma travessia sem sinalização. Ouvir então,  um desacato às suas pernas. O par já sabia que correr abreviava vários impropérios perturbadores. Escutar talvez? Tentativas frustradas, ela tinha um zunido interno, intermitente que não deixaria isso acontecer. O que fazer se nenhuma das alternativas, as expectativas e saídas não a faziam