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Mostrando postagens de outubro, 2012
TEM COISAS QUE EU SÓ FAÇO PARA VOCÊ, PENSANDO EM MIM TEM COISAS QUE EU FAÇO PARA MIM, PENSANDO EM VOCÊ TEM COISAS INCONTROLÁVEIS, ESSAS IMPENSADAS QUE FAÇO SÓ PARA NÓS

Ida sem Volta

Mulher desajeitada e mal procedida, subiu naquele ônibus com a cabeça nas nuvens. Flutuava tanto entre a esperança e o temor, que se deixou enganar facilmente. Com o dinheiro embaixo da sola do tênis, assombrada pelas alarmantes notícias de como andam violentos os tempos, casaquinho nos ombros, para o prejudicial porém insubstituível ar-condicionado, munida de três barrinhas de cereal para uma eventual fome no meio do caminho, e uma coletânea de contos de Tchekhov para fugir do país tropical que a fazia transpirar, lá foi a palerma enfrentar infindáveis quilômetros de angústia . Mesmo que a idiota tivesse tido sorte, o que não foi o caso, a viagem já seria uma provação pela quantidade de delírios inconfessáveis que passavam por sua mente. Mas outras vozes foram ouvidas. Vozes externas. De uma senhora logo no assento atrás do seu, que vociferava dogmática, moral e bons costumes (os dela é claro, a mulher modelo de Niteroi) a uma desenxabida passageira que sem escapatória, com um bebê en
Invoco sua entrega Entreaberta a boca sussurra a paixão Falseio meu desejo Ariscos meus olhos evitam a verdade Cerco sua indiferença Impedidos meus braços estreitam o sonho Percebo meu enlevo Arrepiado meu corpo treme a imaginação Suponho sua reação Surdos meus ouvidos incomodam a consciência

PRETÉRITO IMPERFEITO ou SEMI BREVE

Não era tarde Cedo também não era Embora 'inda não fosse tempo Não permitindo o relógio geral ...o anacronismo de que são feitas as almas... partiu-se pois o que é em nome do que deve ser Não seja a Lua Satélite de toda noite Puro e só Ciclo inalcansável Nem seja a Terra Romântico Saturno de alianças intocáveis Não sejam descobertos os mistérios (?) Não seja a filosofia vã (?) Sim. Permita-se a Via Láctea! E que por ela possa brincar um anjo Em piruetas e cânticos de amor que Por hora Exercitam o "adeus!... olá!" Oferecido ao astro que o convida a morar Na amizade de sua luz adversa Assim repousa o último verso. Não fosse o relógio Não fosse o relógio Que marca o tempo de não ser dois Não fosse o relógio Que marca o tempo de não ser há mais tempo Não fosse o relógio.... Eu te teria Como tenho agora na minha eternidade imaginária Eu te beijaria Como me beijam os infinitos espasmos fugitivos da tua ausência Eu te amaria... .