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Mostrando postagens de maio, 2010

Camaleoa

Me virou do avesso Atravessou minha vida Desmereceu o tempo Acabei ferida Acreditou no gesto Entendeu, amargo Não ouviu o protesto o grito abafado Insisti o que pude Investi com afinco Mas em sua inquietude Rasgou-me por dentro Apareceu sem aviso Bagunçou sem querer E agora indeciso Certamente irá perder Porque horas valem muito Madrugadas seguidas Manhãs divididas Por um encontro fortuito Dispersam num passado Lembranças intermitentes Impedem um presente próspero Talvez uma felicidade iminente Fatos que não podem negar Palavras que não podem calar Sensações involuntárias Soluções precárias Me transformei tantas vezes Nesse momento mais uma então Encontrei-me novamente Distribuindo compreensão Camaleoa na floresta Cores que não enxerga Despista o predador Da caça faz-se o caçador