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Mostrando postagens de outubro, 2014

Na Medida

Roupagem nova para antigos demônios E eles se riem pomposos, garbosos Forçam-me a deitar sob seu descrédito Adorar-lhes humildemente sua força Mas se não fui eu que reiscindi a costura Daqueles velhos trapos que desapareciam Renovei suas emendas, suas pregas e mangas Cerzi cada folga delicadamente, à medida Promovendo recentes modelos com caimento Dessa viçosa rama de fios a enredar-me Encontro-me atual num nó de tecidos Amarrei o avanço num retrocesso juvenil E eles se riem soberbos, esnobes E vislumbro ali um brilho metálico E eles se riem pedantes, magníficos E é tão gritante retalhar o moderno figurino

Contradição

Sofro por não haver saída Por acreditar na mentira Me levar à medida Rezo por não pertencer ao todo Por desdizer ao lodo Mancomunar a rodo Rio dos próprios desmerecimentos Choro pelos acontecimentos Fujo do entendimento Lá em minha ilha não tem palmeiras Em meu recanto imaginário, são videiras Que pesadas caem de tristeza Vai-te embora solidão Retira-se do recanto a precisão Arranca de vez a prospecção

out of the blue

e do azul me surge esse intenso amarelo do oceano o peixe mais exótico e das areias quentes a refrescante da nascente surpresas são quase esperadas criações tem sempre sua fonte amabilidades seu interesse contraditório seu discurso seus olhos meu espelho minha alma em sua voz arremedo de um começo brincadeira do avesso Me virando no travesseiro Vêm agora que estou forte Atenta pelo esporte valorando seu reporte Vamos viver na corda bamba estaremos sempre pelas tampas no desequilíbrio da balança Sua mão cabe no meu rastro Minha sombra no seu lastro Tudo cabe em nosso abraço