Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2013

Lufada da Razão

O fato se dá Se percebe, atraca Apresenta e promove A dúvida se instaura Cresce, esgota Confunde e embota A palavra se interpreta Se coloca, desenvolve Delineia e direciona O vôo pode ser baixo, aceitável até ser rasante O que não pode realmente é se deixar vencer à corrente.

Schhh...

Rompa o destino. Lacre a história. Reescreva o livro. Tecido roto. Memória póstuma ainda viva. Conforto opulento. Objetos insignificantes ainda velam. Solidão devastadora. Conexão imediata ainda desvia. Despedida urgente. Evolução vagarosa ainda insiste.

La Maree Haute

La route chante, Quand je m'en vais. Je fais trois pas, La route se tait. La route est noire, À perte de vue. Je fais trois pas, La route n'est plus. Sur la marée haute, Je suis monté. La tete est pleine, Mais le coeur n'a pas assez. Sur la marée haute, Je suis monté. La tete est pleine, Mais le coeur n'a pas assez. Mains de dentelle, Figure de bois, Le corps en brique, Les yeux qui piquent. Mains de dentelle, Figure de bois. Je fais trois pas Et tu es là. Sur la marée haute, Je suis monté. la tete est pleine, Mais le coeur n'a pas assez. Sur la marée haute, Je suis monté. la tete est pleine, Mais le coeur n'a pas assez. Lhasa de Sela

Atitude

Minha esperança perdeu seu nome... Fechei meu sonho, para chamá-la. A tristeza transfigurou-me como o luar que entra numa sala. O último passo do destino parará sem forma funesta, e a noite oscilará como um dourado sino derramando flores de festa. Meus olhos estarão sobre espelhos, pensando nos caminhos que existem dentro das coisas transparentes. E um campo de estrelas irá brotando atrás das lembranças ardentes. Cecília Meireles

Olha e vê

Nos encontraríamos, e em relances, o universo pararia. Deleitosas visitas que os olhos permitiriam perscrutar. Quente e especial troca. Os meus e os seus, num baile onde todo o resto distrairia. Excruciantes os momentos onde não estivéssemos vinculados àquela imaginária ligação. Saudosos voltaríamos à insidiosa ideia de complementaridade daquele outro brilho. E que se seguiria? Pois dona não seria de suas visões, nem tampouco você das minhas. Por trás delas, viriam outras tantas sensações e excepcionais alegrias? Ou estaríamos fadados a essa distante intimidade vislumbrada? Nos perderíamos, pelas sombras e cores da vida? Apagaríamos o fogo que esses olhares consomem? Ou daríamos finalmente chance, proporíamos intensidade a todos os outros sentidos? E o universo, pararia?