Pular para o conteúdo principal

Desilusão

Impressão de alento
a falta no vento
descoberta do nada
frente ao todo que se rebela
Trás do forte a prudência
Leva da inocência a mente
Pára com o tempo e refaz
Fende dentro o que era
Vai para a lembrança
o registro
e lá do alto realiza
é brisa.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Caçada Platônica

Minhas todas lembranças ou fantasias, já nem sei Meus todos sentidos, direcionados desde que te vi Suas todas gargalhadas ou distrações por aí Seus todos levianos laços, e novamente me perco de ti Apenas imagens, dos ares misturados de desejo e despudor Sonhando despertei brincadeiras infantis com seu calor Sinto mais que nunca o que não aconteceu Contando os passos largos que damos no breu Insiste em não perceber como poderíamos desfrutar Dessa doce e perigosa alegria que é amar Permanece incauto em outras curvas, outros perfumes Construindo tua fortaleza frente à minha avidez Corre como louco, mas corre desarvorado Que aqui por dentro existe o artifício de um caçador Te deixo ir longe e desfrutar do descampado Uma hora ou outra cairás exaurido, desamparado Daí então te alcançarei, confiante e gentil Descobrirás em minha sombra acolhedora, O que atabalhoadamente pela vida buscou e fugiu Parceria, loucura serena, volúpia benfeitora E te direi em sussuros o quan...

A vontade, o desejo, a loucura e a volúpia... A história interrompida, o olhar entrecortado, a palavra não dita... A falta de algo palpável, justificável, claro, Torna-me refém de uma voz que ecoa nos ouvidos Não pare até que acabe, Não esmoreça, nem esfrie. Caldeirão de ilusões que inebria e esgota, Nebulosa fumaça de razões absurdas. Em sua superfície todas as cores se misturaram. Alga boiando à deriva no mar, Buscando uma rocha, um ouriço, um navio para entrelaçar. A imperfeição que flutua brilhando Em seu próprio e frágil movimento ao luar. Minha magia, forca aos sonhos, Minhas frases, tesouras ao escrever, Meus passos, buracos seguindo, Meu coração e minha pele, elásticos adaptam-se à minha alma. Resultado deste fogo que não apaga, Da descoberta do invisível, mas sensível espectro, Do impulso incontrolável e incabível, Da promessa que talvez nunca se concretizará.

Êxtase

Um caminho a trilhar, Sem mapa ou bússola, Sem segurança ou planos, Simplesmente fé. Aprender a alcançar, Conheço a trajetória, Só não consigo enxergar. Em que tempo, De que forma, Em qual direção, O quanto de persistência. Sussurro à espectros, Indagando num silêncio perene, Mas contestam antigas miragens, Os devaneios já conhecidos. Perder para conquistar, Deixar para vir, Desencontrar para finalmente descobrir. Descortinar o enlace, Desmedir o limite, Agravar a tranqüilidade. A verdade que não é incondicional, A dúvida que guardo em mim, O desejo secreto, A porta entreaberta. Eu conheço a crueldade, Mas não sei arrancá-la, Como dar vazão sem ferir. Ânsia por entendimento, Veleidade pelo cálido, Necessidade à receptividade, Que venha o encantamento do já visto, Junto com a desesperança, Saberei que nada é plano, preto ou branco, Dentro sou caleidoscópio. Tenho hoje minha idade, Meus momentos, minha dor, Frustrações, raiva e afetos. Escancaro minhas veias, Tenho o meu como certo indef...