Pular para o conteúdo principal

Empoderamento Feminino


Não me venha com esse papinho de igualdade de direitos! Muito menos de deveres!
Como acreditar que somos equivalentes quando no meu trabalho, onde investi toda minha juventude estudando e me aprimorando, dedico oito horas por dia, vinte seis dias por mês e meu salário é menor? E que meu cargo, muito embora minha produtividade seja a mesma, seja inferior ao do meu colega de terno? E falando sobre roupas, apresentar-me discreta e sóbria, para não ser a responsável por provocar no outro assédio criminoso?
E que ao ser questionada por minha orientação sexual, escolha política ou rotina pessoal, tenha que me provar ponderada, de índole ilibada, ajustada ao padrão social para ser respeitada, ou mesmo para não ser agredida, quando o exemplar masculino é ouvido sem risco de humilhação ou  constrangimento?
E que quando em grupo, homens sintam-se à vontade para recostar suas virilhas suadas ou outras partes contra meu corpo, ou descontraidamente dizer o que pensam sobre ele?


Sexo frágil, mas espírito sólido e vigoroso, defendo o conceito que deve ser considerado como base para a construção de uma sociedade com menos preconceito e discriminação, seja de gênero ou de outras características, como o sexual. Mas que ele ainda está muito no papinho, não há dúvida! 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A vontade, o desejo, a loucura e a volúpia... A história interrompida, o olhar entrecortado, a palavra não dita... A falta de algo palpável, justificável, claro, Torna-me refém de uma voz que ecoa nos ouvidos Não pare até que acabe, Não esmoreça, nem esfrie. Caldeirão de ilusões que inebria e esgota, Nebulosa fumaça de razões absurdas. Em sua superfície todas as cores se misturaram. Alga boiando à deriva no mar, Buscando uma rocha, um ouriço, um navio para entrelaçar. A imperfeição que flutua brilhando Em seu próprio e frágil movimento ao luar. Minha magia, forca aos sonhos, Minhas frases, tesouras ao escrever, Meus passos, buracos seguindo, Meu coração e minha pele, elásticos adaptam-se à minha alma. Resultado deste fogo que não apaga, Da descoberta do invisível, mas sensível espectro, Do impulso incontrolável e incabível, Da promessa que talvez nunca se concretizará.

Entre cachorros e pijamas

Sentindo o ventinho frio nos fundilhos da calça de um pijama puído, arrastando as chinelas na preguiça de um domingo flácido, transporto Crisântemo com destino ao alívio de seus intestinos caninos. Por entre as ruas cruzamos com Gagá, a pastora do vizinho Hering, que insiste em latir esganiçada,  com Einstein da velhota Any Any, elegante no porte mas inconveniente em investigar com seu focinho minhas partes pudendas, ou com a basset asssemelhada a um gato gordo e carente da Puket. Temendo por uma investida agressiva, ou acolhendo carinhos de língua, nós, os dirigidos donos, nos cumprimentamos e jogamos a mesma conversinha banal fora, enquanto os bichos se reconhecem pelo faro.  A noite chegara a pouco, e ouvimos o burburinho de animados grupos nos bares, recém chegados do almoço em família. Olhares analíticos deles, vezes para os animais, vezes para nosso descompromisso. Falta pouco para juntar-me àquele chopp e risadas, deixar meu pet descobrir outras plagas e caminhar so...

E em um país...

Aqui fora o vinho congela colocamos a garrafa, contamos com o frio as luzes brilham de dentro para fora o calor está nos perturbando e que se encontre a temperatura e que se perca o tempo ideal Fizemos o possível para embebedar a fantasia mas o concierge não atendeu nada é perfeito nos ignorou pedaços de lembrança e vontade estamos na linha, babe Quem vai enfrentar a cortante verdade embalar no trilho irregular escutar o barulho da realidade A torre está lá edificada na neblina a torre ri de nós reprodução da nossa confusão a fonte não secou Baco não fugiu O desejo não cessou O jogo nem começou Mas o vinho gelou...