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Empoderamento Feminino


Não me venha com esse papinho de igualdade de direitos! Muito menos de deveres!
Como acreditar que somos equivalentes quando no meu trabalho, onde investi toda minha juventude estudando e me aprimorando, dedico oito horas por dia, vinte seis dias por mês e meu salário é menor? E que meu cargo, muito embora minha produtividade seja a mesma, seja inferior ao do meu colega de terno? E falando sobre roupas, apresentar-me discreta e sóbria, para não ser a responsável por provocar no outro assédio criminoso?
E que ao ser questionada por minha orientação sexual, escolha política ou rotina pessoal, tenha que me provar ponderada, de índole ilibada, ajustada ao padrão social para ser respeitada, ou mesmo para não ser agredida, quando o exemplar masculino é ouvido sem risco de humilhação ou  constrangimento?
E que quando em grupo, homens sintam-se à vontade para recostar suas virilhas suadas ou outras partes contra meu corpo, ou descontraidamente dizer o que pensam sobre ele?


Sexo frágil, mas espírito sólido e vigoroso, defendo o conceito que deve ser considerado como base para a construção de uma sociedade com menos preconceito e discriminação, seja de gênero ou de outras características, como o sexual. Mas que ele ainda está muito no papinho, não há dúvida! 


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