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Alma

Encontra então os meus olhos,
Enxerga neles o que aparece
O que se esconde
Para onde vão, o que procuram.

Me responde, o que estão pedindo
Brilham por qual luz
Voltam-se para que lado
Lágrimas entornadas por que motivo,

Sua forma assemelha-se a que
Abrem-se ou fecham-se por quem
Cerram irritados quando
Forçam-se a vislumbrar qual distância

Contesta-os com rigidez
Afronta habilmente minha alma
E tenha-os para sempre como escravos.

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