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Crime ou castigo?


Os competidores desenvolveriam drogas recreativas e medicinais cada vez mais seguras
em um mercado livre e desregulamentado, disputariam certificados de qualidade de empresas privadas e estariam sujeitos a processos judiciais em caso de fraude ou defeito, porém, n
o intento de impedir o consumo de drogas - como se não tivéssemos soberania sobre nossa própria carcaça - as leis antidrogas fortificam a indústria proibida que é então dominada por quadrilhas.
A consequência inexorável é a violência e mortandade entre os concorrentes, além da adulteração na qualidade e segurança do produto.
A criminalidade vai se alastrando por toda a sociedade. 
Levanta-se outra polêmica, a que o usuário de drogas sobrecarrega a saúde pública, o que me parece abrir precedente a um autoritarismo rígido, uma vez que o mesmo poderia ser dito de obesos, fumantes, sedentários, promíscuos, alcoolatras ou aposentados...
De qualquer maneira, é a descriminalização o que minimizaria os danos à saúde do usuário e sua propensão ao consumo.   
Estou em um mundo paralelo ou a burocratas não cabe a inibição moral do consumo de drogas e sim à cultura e discernimento individual?
Enquanto houver demanda haverá alguém disposto a proporcionar, portanto castigar o usuário ou o fornecedor me remete à infrutífera experiência de enxugar gelo.  

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A vontade, o desejo, a loucura e a volúpia... A história interrompida, o olhar entrecortado, a palavra não dita... A falta de algo palpável, justificável, claro, Torna-me refém de uma voz que ecoa nos ouvidos Não pare até que acabe, Não esmoreça, nem esfrie. Caldeirão de ilusões que inebria e esgota, Nebulosa fumaça de razões absurdas. Em sua superfície todas as cores se misturaram. Alga boiando à deriva no mar, Buscando uma rocha, um ouriço, um navio para entrelaçar. A imperfeição que flutua brilhando Em seu próprio e frágil movimento ao luar. Minha magia, forca aos sonhos, Minhas frases, tesouras ao escrever, Meus passos, buracos seguindo, Meu coração e minha pele, elásticos adaptam-se à minha alma. Resultado deste fogo que não apaga, Da descoberta do invisível, mas sensível espectro, Do impulso incontrolável e incabível, Da promessa que talvez nunca se concretizará.

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