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boa vontade

Tem nada não amor, relaxa A vida é maior que isso Pára com a desgraça A trama está toda combinada Muda-se a regra a qualquer momento Lá na frente se conquista um significado Ou nem tem esse valor Vai de acordo com as escolhas Tem todo um ritmo em desacerto É sempre para um espírito liberto

Cachoeira

Cachoeira da nascente mais estreita, de água gélida, desce pela encosta lentamente acolhendo folhas e frutos das margens. Flui misteriosa e incansável. Arrebanha peixes de variados tamanhos e cores, para perdê-los logo em seguida, na confusão de sua própria força. Lava a alma desses pobres que lá embaixo banham seus corpos quentes. E continua, renovando a água, o mistério. Incansável.

Agora aguenta!

Qual seria essa ordem do Universo a nos lançar violentamente de um lado a outro? Nos deixando tontos, e sem rumo. Mareados e alienados? Uma montanha russa infinda, em altos e baixos, aclives e declives, curvas radicais e falta de ar em longas filas com o ticket na mão, com toda uma eternidade de emoção? Quero descer! Não minha querida, embarcastes na viagem, agora suporta cada intempérie ou bonança, mesmo que sejam momentâneas, vais de corpo e enjôo. Estás atrelada ao cinto do destino e escolhas só são para te jogar com maior ou menor força nessa jornada. E se te machucares...bem, temos aqui uma maleta de primeiros socorros e bons advogados. E é então aí que te vêm a mente, já que é estabelecido te encontrares como uma boneca de pano na mão de uma criança hiperativa, que pelo menos tenhas elasticidade e estômago!
Que saudade daquela época esperava em acontecimentos pedaços de lembrança durar... luz intensa que se apaga a cada lance madrugada solitária que nada explica fantasia perdida de grandes expectativas comemora a frustração Na tristeza da gargalhada energia de sobra compreensão nenhuma encapuzados tropecemos pelos degraus descendo ou subindo Achar alguma saída sem sentido Toma conta alguma força acabou a minha.

Lufada da Razão

O fato se dá Se percebe, atraca Apresenta e promove A dúvida se instaura Cresce, esgota Confunde e embota A palavra se interpreta Se coloca, desenvolve Delineia e direciona O vôo pode ser baixo, aceitável até ser rasante O que não pode realmente é se deixar vencer à corrente.

Schhh...

Rompa o destino. Lacre a história. Reescreva o livro. Tecido roto. Memória póstuma ainda viva. Conforto opulento. Objetos insignificantes ainda velam. Solidão devastadora. Conexão imediata ainda desvia. Despedida urgente. Evolução vagarosa ainda insiste.

La Maree Haute

La route chante, Quand je m'en vais. Je fais trois pas, La route se tait. La route est noire, À perte de vue. Je fais trois pas, La route n'est plus. Sur la marée haute, Je suis monté. La tete est pleine, Mais le coeur n'a pas assez. Sur la marée haute, Je suis monté. La tete est pleine, Mais le coeur n'a pas assez. Mains de dentelle, Figure de bois, Le corps en brique, Les yeux qui piquent. Mains de dentelle, Figure de bois. Je fais trois pas Et tu es là. Sur la marée haute, Je suis monté. la tete est pleine, Mais le coeur n'a pas assez. Sur la marée haute, Je suis monté. la tete est pleine, Mais le coeur n'a pas assez. Lhasa de Sela

Atitude

Minha esperança perdeu seu nome... Fechei meu sonho, para chamá-la. A tristeza transfigurou-me como o luar que entra numa sala. O último passo do destino parará sem forma funesta, e a noite oscilará como um dourado sino derramando flores de festa. Meus olhos estarão sobre espelhos, pensando nos caminhos que existem dentro das coisas transparentes. E um campo de estrelas irá brotando atrás das lembranças ardentes. Cecília Meireles

Olha e vê

Nos encontraríamos, e em relances, o universo pararia. Deleitosas visitas que os olhos permitiriam perscrutar. Quente e especial troca. Os meus e os seus, num baile onde todo o resto distrairia. Excruciantes os momentos onde não estivéssemos vinculados àquela imaginária ligação. Saudosos voltaríamos à insidiosa ideia de complementaridade daquele outro brilho. E que se seguiria? Pois dona não seria de suas visões, nem tampouco você das minhas. Por trás delas, viriam outras tantas sensações e excepcionais alegrias? Ou estaríamos fadados a essa distante intimidade vislumbrada? Nos perderíamos, pelas sombras e cores da vida? Apagaríamos o fogo que esses olhares consomem? Ou daríamos finalmente chance, proporíamos intensidade a todos os outros sentidos? E o universo, pararia?